Um oficial de justiça de 61 anos, atuante no município de Vila Velha, foi assaltado enquanto realizava o cumprimento de suas funções e entregava uma intimação. O caso ocorreu no início da noite de quinta-feira (16/5), no bairro Cocal, em Vila Velha. O oficial foi surpreendido quando chegou até uma residência da região para entregar uma intimação judicial. Ao conversar com uma das partes, foi abordado por um assaltante e teve o veículo e, também, o celular (que estava dentro do carro) levados pelo suspeito.
A vítima contou que no momento em que o crime aconteceu conversava com a pessoa que estava recebendo a intimação quando um bandido, armado, anunciou o assalto e levou os instrumentos de trabalho dele. O oficial de justiça relatou ainda que o assaltante levou o carro e o aparelho de celular e fugiu, logo em seguida, pois foi tudo muito rápido.
O oficial de justiça ainda descreveu que outros colegas relataram, recentemente, que já vêm ocorrendo assaltos, furtos e abordagens a moradores e visitantes naquela localidade. Moradores da região também relatam que há algum tempo o número de assaltos têm sido constantes na região.
A Polícia Civil informou que o caso ainda segue sob investigação da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), e relatou que nenhum suspeito foi identificado ou detido até o momento e que o veículo também não consta ainda como objeto recuperado.
O presidente do SINDIOFICIAIS-ES, Paulo Sérgio Torres Meinicke, esclarece que o Sindicato têm recebido e acompanhado de perto, cada vez mais, registros e reclamações de que os oficiais de justiça se vêm obrigados a colocar em risco os próprios patrimônios no exercício de suas atribuições.
De acordo com o relato da vítima, a pior parte de vivenciar essa situação toda foi ver a insegurança da atividade dos oficiais de justiça no trabalho externo, pois não se trata somente da questão de sofrer um assalto e acabar colocando o próprio patrimônio em risco, ou de fato perder os bens materiais (que também são instrumentos de trabalho). Mas, sim, que a impressão pessoal dele é de que o que precisa ser enfatizado agora é o ponto de ter que lidar com o sentimento de impotência e frustração de se ver vítima da violência e da insegurança para trabalhar e diligenciar.
O oficial de justiça ainda declarou que mesmo assim, sabe que fez a coisa certa ao entregar seus bens ao meliante para manter a própria integridade física e garantir o bem maior, que é a vida.